sábado, 8 de agosto de 2015

A genialidade de Bojack Horseman

Porque você deveria dar uma chance a uma das melhores produções do Netflix



Quando a primeira temporada estreou ano passado, fiquei curioso. A proposta de um ator que se afunda depois do “fim” da série que o lançou ao estrelato não é original Charlie Sheen que o diga. Mas quando se trata de uma mistura de animal com ser-humano, a coisa já muda e merece pelo menos um pouco de atenção.
Quando decidi ver o primeiro episódio, eu dormi. E isso aconteceu mais             de uma vez.  Sempre ouvia elogios da série e tal, mas, não me cativava. E eu não me esforçava o suficiente para passar do primeiro episódio.
No mês passado (julho), eu decidi começar a ver a série. Dessa vez de verdade. Eu estava curioso para saber se era boa mesmo. E queria dar minha sincera opinião e não só elogiar porque vi fulano ou ciclano falando bem.
Foi aí que a série me cativou. Vi quase a primeira temporada toda em um dia.

É incrível como as duas temporadas se diferem.
A primeira temporada preza mais pela apresentação dos personagens (como tem que ser) e para conquistar o público ela é muito mais cômica.
Já a segunda, é muito mais emocional e “problemática” para os personagens. É mais um drama em forma de sitcom.
Bojack é um cavalo hur dur que durante a década de 90 se destacou em uma série de TV chamada Horsin’ Around. Nela Bojack faz o papel do paizão despreparado que adota crianças órfãs. A série é uma parceira do cavalo com seu amigo Herb Kazzaz, que escreve o roteiro. A série dura algumas temporadas (6 se não me engano) e faz um estrondoso sucesso, porém, acarreta muitos problemas com os envolvidos e é cancelada.
Após o fim de Horsin’ Around Bojack vai diretamente para A MERDA. Ele se afunda completamente nas drogas lícitas e ilícitas. O cavalo vira um alcoólatra do caralho e resolve abandonar as telas por um momento.
A trama da primeira temporada gira em torno da ideia de Bojack escrever uma autobiografia que mostraria ao mundo “o cara legal” que ele realmente é. Para isso ele contrata Diane Nguyen para ser a escritora fantasma da parada.


Como eu havia dito, essa temporada foca principalmente da comédia. São piadas e situações bem engraçadas e que são cômicas por que foram projetadas com essa finalidade.
Os personagens são excelentes, os atores escolhidos são muito bons e encaixam perfeitamente com o personagem. Devo dizer que não há um só que se destaque, todos têm seu tempo de tela dividido e cada um que aparece rouba um pouco a cena. Todd, Princesa Carolyn, Sr. Peanutbutter e muitos outros têm uma fundamental importância na série.


Já a segunda temporada tem um peso muito maior. Desde o fim da primeira temporada Bojack se mostrava mais humano. Ele tem sentimentos, e não são poucos. A maioria das merdas que ele faz não é porque ele é porra louca e inconsequente. Ele teve problemas com os pais, com os amigos, com paixõezinhas e ele sente isso tudo.
A genialidade vem desses pontos. O criado Raphael Bob-Waksberg trata de assuntos como alcoolismo, depressão, e outros assuntos com um humorzinho ácido que é bem divertido. E sabe ser sério quando tem que ser.
Foi uma surpresa maior para mim quando comecei a ver a série, e agora recomendo-a para todos verem, porque devem. São assuntos e mais assuntos que, se você prestar atenção ele não é apenas uma piadinha e sim uma situação que pode acontecer com qualquer um. E se por acaso acontecer com você, terá uma lição para tirar daquilo tudo.
É simplesmente fantástico.


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