sábado, 3 de outubro de 2015

Esquenta CCXP - Esad Ribic

Um dos caras mais fodas dos quadrinhos atuais



 Esad Ribic é Croata e nasceu em 1972. O cara começou a fazer uns gibizinhos autorais em meados dos anos 90 e desenhou também algumas coisas pra uma revista local da Croácia.

A primeira coisa de grande destaque que Ribic participou foi uma minissérie lançada em 1999/2000 pela Vertigo chamada Strange Adventures, que ressuscitava uma outra série de quadrinhos bem antiga da DC. Vários nomes participaram da produção como: Brian Azzarello, Klaus Janson, Dave Gibons e o próprio Ribic.
Essa série lembrava muito as aventuras Pulp dos anos 40/50, que foi quando a revista original foi lançada.

Ele ainda produziu mais algumas coisas na Vertigo e tal mas, seu extenso e LINDO trabalho na Marvel começou ainda em 2000 com X-men: Filhos do átomo. Ele fez apenas as capas (se não me engano), mas só esse “pequeno” trabalho já foi suficiente pra alavancar a carreira do cara dentro da editora. Filhos do átomo volta pras raízes da Marvel quando os x-men ainda nem tinham se formado direito, bem no comecinho da equipe. A Marvel fez muito isso de voltar ás suas raízes nos anos 90/começo dos 2000. Considerada uma minissérie, ela foi dividida em 8 partes nos EUA e, sinceramente, eu não sei se tem um encadernado fodão desse aqui no Brasil.


A notoriedade de Ribic chegou em 2004 quando produziu Loki junto com Robert Rodi. Loki é uma das melhores coisas que Ribic já fez. Além do argumento e roteiro serem bons, a arte do cara só acrescenta e deixa tudo além de mais bonito, interessante. O lance do gibi é o seguinte: Loki agora é o pica grossa de Asgard. El finalmente conseguiu derrotar Thor, e aprisionou não só ele como também os amiguinhos do irmão e até, seu ~papai Odin. Durante a leitura você presencia um Loki com dilemas que são muito bem explorados. Ele vai matar ou não o Thor? Afinal, seria até que lógico que ele fizesse isso porque o meio irmão é a única resistência que Loki tem em seu governo. Outra coisa, a população de Asgard não gosta dele. O cara é um ditador, mas ninguém vai falar merda pra ele porque né, pelo amor de Odin.
A história é foda, vale muito a pena ser lida e é quase um cartão de visita pra quem quer conhecer o trabalho do cara.

Em 2007 Ribic voltou a se destacar só que dessa vez, ao lado de J.Michael Straczynski vem Surfista Prateado: Requiem. Pra quem não sabe, requiem significa louvar os mortos em latim. E é bem isso aí. No começo da história o surfista prateado tem lá uma conversa com o Reed Richards e descobre que ele está morrendo, o que o faz pensar em várias coisas de sua vida, mas, principalmente, a fase em que era o arauto de Galactus. A história vai mostrando o que o surfista faz quando descobre que está morrendo, que decisões ele toma e como ele reage a isso. As histórias do surfista prateado são cheias de questionamentos filosóficos e divagações sobre a vida, tanto que foi pra isso que ele foi criado. O Straczynski é um cara que escreveu boas coisas e que sabe se adaptar ao personagem. Por exemplo, ele pode fazer uma boa história que passe por todos os “gêneros” como fez na sua fase com o homem aranha.
Em 2010 outra coisa foda. Namor: as profundezas. É uma leitura quase que obrigatória. Com vários elementos de terror/horror que poderiam ser referências de Edgar Allan Poe, HP Lovecraft e outras coisas. Roteiro do Peter Milligan.


Mais recentemente Ribic vem trabalhando pra caralho na Nova Marvel com Thor: o deus do trovão que, se não me engano, tá saindo aqui no Brasil agora. Essa série mensal acabou ano passado lá na gringa mas o que é interessante ver é que um artista como ele pode trabalhar em um período mensal em que a qualidade praticamente não cai.
E beeem mais recente é a parceria dele com Jonathan Hickman que começou lá em 2011/2012 escrevendo no universo ultimate e agora no universo Marvel regular. Hickman escrevia a série principal dos vingadores que levaria diretamente à grande mega saga da Marvel atualmente, Guerras Secretas, que tá rolando lá fora e aqui só deve chegar no meio do ano que vem.
Guerras Secretas é mensal, são previstas 9 edições e é naquele esquema de mega saga, várias outras edições acontecem paralelamente à essa mas até onde sei, o Ribic tá só nessa aqui.

Esad Ribic é um dos meus ilustradores preferidos. Gosto muito do trabalho dele principalmente por causa de Namor, que acho fantástico. To feliz pra cacete que ele tá vindo pra ccxp e até acho que #vaiserepico de novo.



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