Um dos caras mais fodas dos
quadrinhos atuais
Esad Ribic é Croata e
nasceu em 1972. O cara começou a fazer uns gibizinhos autorais em meados dos
anos 90 e desenhou também algumas coisas pra uma revista local da Croácia.
A primeira coisa de grande destaque que Ribic participou foi
uma minissérie lançada em 1999/2000 pela Vertigo
chamada Strange Adventures,
que ressuscitava uma outra série de quadrinhos bem antiga da DC. Vários nomes participaram da
produção como: Brian Azzarello, Klaus
Janson, Dave Gibons e o próprio Ribic.
Essa série lembrava muito as aventuras Pulp dos anos 40/50, que foi quando a revista original foi lançada.
Ele ainda produziu mais algumas coisas na Vertigo e tal mas,
seu extenso e LINDO trabalho na Marvel começou ainda em 2000 com X-men: Filhos do átomo. Ele fez apenas
as capas (se não me engano), mas só esse “pequeno” trabalho já foi suficiente
pra alavancar a carreira do cara dentro da editora. Filhos do átomo volta
pras raízes da Marvel quando os x-men ainda nem tinham se formado direito, bem no
comecinho da equipe. A Marvel fez muito isso de voltar ás suas raízes nos anos
90/começo dos 2000. Considerada uma minissérie, ela foi dividida em 8 partes
nos EUA e, sinceramente, eu não sei se tem um encadernado fodão desse aqui no
Brasil.
A notoriedade de Ribic chegou em 2004 quando produziu Loki
junto com Robert Rodi. Loki é uma
das melhores coisas que Ribic já fez. Além do argumento e roteiro serem bons, a
arte do cara só acrescenta e deixa tudo além de mais bonito, interessante. O
lance do gibi é o seguinte: Loki agora é o pica grossa de Asgard. El finalmente
conseguiu derrotar Thor, e aprisionou não só ele como também os amiguinhos do
irmão e até, seu ~papai Odin. Durante a leitura você presencia um Loki com
dilemas que são muito bem explorados. Ele vai matar ou não o Thor? Afinal,
seria até que lógico que ele fizesse isso porque o meio irmão é a única
resistência que Loki tem em seu governo. Outra coisa, a população de Asgard não
gosta dele. O cara é um ditador, mas ninguém vai falar merda pra ele porque né,
pelo amor de Odin.
A história é foda, vale muito a pena ser lida e é quase um
cartão de visita pra quem quer conhecer o trabalho do cara.
Em 2007 Ribic voltou a se destacar só que dessa vez, ao lado
de J.Michael Straczynski vem Surfista Prateado: Requiem. Pra quem
não sabe, requiem significa louvar os
mortos em latim. E é bem isso aí. No começo da história o surfista prateado tem
lá uma conversa com o Reed Richards e descobre que ele está morrendo, o que o
faz pensar em várias coisas de sua vida, mas, principalmente, a fase em que era
o arauto de Galactus. A história vai mostrando o que o surfista faz quando descobre
que está morrendo, que decisões ele toma e como ele reage a isso. As histórias
do surfista prateado são cheias de questionamentos filosóficos e divagações
sobre a vida, tanto que foi pra isso que ele foi criado. O Straczynski é um
cara que escreveu boas coisas e que sabe se adaptar ao personagem. Por exemplo,
ele pode fazer uma boa história que passe por todos os “gêneros” como fez na
sua fase com o homem aranha.
Em 2010 outra coisa foda. Namor: as profundezas. É uma leitura quase que obrigatória. Com
vários elementos de terror/horror que poderiam ser referências de Edgar Allan Poe, HP Lovecraft e outras
coisas. Roteiro do Peter Milligan.
Mais recentemente Ribic vem trabalhando pra caralho na Nova Marvel com Thor: o deus do trovão que, se não me engano, tá saindo aqui no
Brasil agora. Essa série mensal acabou ano passado lá na gringa mas o que é
interessante ver é que um artista como ele pode trabalhar em um período mensal
em que a qualidade praticamente não cai.
E beeem mais recente é a parceria dele com Jonathan Hickman que começou lá em
2011/2012 escrevendo no universo ultimate e agora no universo Marvel regular.
Hickman escrevia a série principal dos vingadores que levaria diretamente à
grande mega saga da Marvel atualmente, Guerras
Secretas, que tá rolando lá fora e aqui só deve chegar no meio do ano que
vem.
Guerras Secretas é mensal, são previstas 9 edições e é
naquele esquema de mega saga, várias outras edições acontecem paralelamente à
essa mas até onde sei, o Ribic tá só nessa aqui.
Esad Ribic é um dos meus ilustradores preferidos. Gosto
muito do trabalho dele principalmente por causa de Namor, que acho fantástico.
To feliz pra cacete que ele tá vindo pra ccxp
e até acho que #vaiserepico de novo.
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