segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Divertida mente - Sobre o Oscar

Um filme baseado nas emoções e que causam fortes emoções no espectador



Eu demorei um pouco pra ver esse filme. Não por preconceito ou algo assim, eu simplesmente esqueci dele. Sério. Na época da estreia todo mundo falava muito bem da mais recente produção da pixar e eu fui, aos poucos, empurrando pro fim da lista de prioridades.
O filme é do ano passado (óbvio) e foi MUITO bem falado, e ainda é. A maioria diz que esse é o retorno da pixar ao seus bons filmes. Eu não concordo muito com isso.
Claro que a empresa não vinha com muitas novidades depois de Up: Altas aventuras. No ano seguinte veio mais uma continuação, no caso Toy Story 3, e depois disso mais continuação:
Carros 2, Universidade Monstros, e que eu me lembre é só.
Universidade Monstros eu até gosto. É um filme divertido e, na minha opinião, funciona na nostalgia assim como o Toy Story 3. Não to comparando qualidades entre esses dois, mas sim que os dois têm um grande apelo na nostalgia. Toy Story 2 foi lançado em 1999, Toy Stor 3 11 anos depois. Monstros S.A foi lançado em 2001, e Universidade Monstros em 2013.
Porra, é uma puta jogada colocar os personagens queridos dos fãs nas telas de novo. Ainda mais depois de tanto tempo. É perfeito, você aposta em coisas novas (independente da linha cronológica), joga no que já é garantido que as pessoas gostam e pronto. Mostra pra molecada nova uma coisa que pode ser interessante, e pra galera que já conhece é um gostinho a mais.
Isso é coisa da Disney, já que Star Wars tá no mesmo caminho ;)


Carros eu não curto muito. Na verdade eu até cago e ando pro primeiro e segundo filme. Tanto que o segundo eu nem vi e não tenho interesse.
Não sei bem a razão, mas acho completamente desinteressante. Tudo ali. O lance era dar emoções a carros e, na minha opinião de bosta, não funcionou muito bem.
Divertida mente é sim um filme do caralho. E digo ainda que é um filme sobre depressão.
Os eventos do filme fazem com que, aos poucos, se perceba que ela tá deprimida. Os indícios da doença são evidentes, o comportamento dela de querer se isolar, ser agressiva com todo mundo, isso é a pixar sendo genial e colocando em pauta um assunto que afeta tantas pessoas hoje em dia.
A maneira que as emoções são usadas pra passar o estado da personagem é genial. Cada uma com sua particularidade e função, e quando a trama realmente começa a andar o filme explora coisas na mente do ser humano de uma maneira não pensada antes (por mim pelo menos). Uma das principais analogias do filme, e uma das mais fortes é a relação da alegria e tristeza. A maioria das pessoas têm uma opinião sobre a tristeza que é a mesma opinião da alegria no inicio do filme.
Que a tristeza não agrega em nada na vida de alguém, que é preciso isolar esse sentimento pra se viver bem etc etc.
E no fim, quando se entende as coisas, quando se para pra pensar nas coisas, é nítido que uma coisa não vive sem a outra. A alegria não é nada sem a tristeza. Assim como Nojo não é nada sem medo, que não é nada sem raiva e assim o ciclo das 5 emoções apresentadas no filme se completam.


Aplaudo de pé esse filme, me fez chorar como eu não fazia há muito tempo.
Divertida mente concorre a melhor animação e melhor roteiro original no Oscar de 2016.

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