Um filme
baseado nas emoções e que causam fortes emoções no espectador
Eu demorei um pouco pra ver esse filme. Não por preconceito
ou algo assim, eu simplesmente esqueci dele. Sério. Na época da estreia todo
mundo falava muito bem da mais recente produção da pixar e eu fui, aos poucos, empurrando pro fim da lista de
prioridades.
O filme é do ano passado (óbvio) e foi MUITO bem falado, e
ainda é. A maioria diz que esse é o retorno da pixar ao seus bons filmes. Eu
não concordo muito com isso.
Claro que a empresa não vinha com muitas novidades depois de
Up: Altas aventuras. No ano seguinte
veio mais uma continuação, no caso Toy
Story 3, e depois disso mais continuação:
Carros 2, Universidade Monstros, e que eu me lembre é só.
Carros 2, Universidade Monstros, e que eu me lembre é só.
Universidade Monstros eu até gosto. É um filme divertido e,
na minha opinião, funciona na nostalgia assim como o Toy Story 3. Não to
comparando qualidades entre esses dois, mas sim que os dois têm um grande apelo
na nostalgia. Toy Story 2 foi lançado em 1999, Toy Stor 3 11 anos depois.
Monstros S.A foi lançado em 2001, e Universidade Monstros em 2013.
Porra, é uma puta jogada colocar os personagens queridos dos
fãs nas telas de novo. Ainda mais depois de tanto tempo. É perfeito, você
aposta em coisas novas (independente da linha cronológica), joga no que já é
garantido que as pessoas gostam e pronto. Mostra pra molecada nova uma coisa
que pode ser interessante, e pra galera que já conhece é um gostinho a mais.
Isso é coisa da Disney, já que Star Wars tá no mesmo caminho ;)
Carros eu não curto muito. Na verdade eu até cago e ando pro
primeiro e segundo filme. Tanto que o segundo eu nem vi e não tenho interesse.
Não sei bem a razão, mas acho completamente desinteressante.
Tudo ali. O lance era dar emoções a carros e, na minha opinião de bosta, não
funcionou muito bem.
Divertida mente é sim um filme do caralho. E digo ainda que
é um filme sobre depressão.
Os eventos do filme fazem com que, aos poucos, se perceba
que ela tá deprimida. Os indícios da doença são evidentes, o comportamento dela
de querer se isolar, ser agressiva com todo mundo, isso é a pixar sendo genial
e colocando em pauta um assunto que afeta tantas pessoas hoje em dia.
A maneira que as emoções são usadas pra passar o estado da
personagem é genial. Cada uma com sua particularidade e função, e quando a
trama realmente começa a andar o filme explora coisas na mente do ser humano de
uma maneira não pensada antes (por mim pelo menos). Uma das principais
analogias do filme, e uma das mais fortes é a relação da alegria e tristeza. A
maioria das pessoas têm uma opinião sobre a tristeza que é a mesma opinião da
alegria no inicio do filme.
Que a tristeza não agrega em nada na vida de alguém, que é
preciso isolar esse sentimento pra se viver bem etc etc.
E no fim, quando se entende as coisas, quando se para pra
pensar nas coisas, é nítido que uma coisa não vive sem a outra. A alegria não é
nada sem a tristeza. Assim como Nojo não é nada sem medo, que não é nada sem
raiva e assim o ciclo das 5 emoções apresentadas no filme se completam.
Aplaudo de pé esse filme, me fez chorar como eu não fazia há
muito tempo.
Divertida mente concorre a melhor animação e melhor roteiro
original no Oscar de 2016.
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