sábado, 13 de fevereiro de 2016

Creed - Sobre o Oscar

Creed já é um dos filmes pelo qual eu mais torço nessa porra



Em Creed acompanhamos Adonis, um menino que é briguento pra caralho, em sua jornada como lutador de boxe. Ele é filho do Apollo Creed e resolve seguir os passos do pai no esporte e pra isso recorre à ajuda de, nada mais nada menos, ROCKY FUCKING BALBOA.

É bom que você esteja avisado que Creed é sim um reboot/remake. Ele revisita a franquia do Rocky com maestria, refaz alguns passos do primeiro filme e ainda sim consegue passar a responsabilidade adiante. Igual como foi feito em Star Wars: o despertar da força. Você tem toda a homenagem que é feita pra pegar o cara antigo que acompanha a franquia, mas ao mesmo tempo instiga quem é novo a ir atrás do que tem que ser visto, e deixar o mesmo pronto para os próximos filmes que virão. Se virão.
Michael B Jordan tá muito bem no filme. É um nível de atuação que esse moleque tem, que puta que pariu. O jeito em que ele vai construindo o personagem, deixando de ser alguém “privilegiado” e passando a ser o cara do povo, que corre atrás dos sonhos. Ele manda bem pra cacete, cara.

Ele tem mérito junto com o diretor, Ryan Coogler. Ambos desenvolveram a história desse filme pelo amor que sentiam pelos filmes do garanhão italiano. Chegaram após conversa atrás de conversa, na resolução desse filme. Apresentaram o projeto pro Stallone, ele comprou, e tá aí nos cinemas essa maravilha de filme.


Ao começar que o filme mantém muito bem o espírito dos filmes do Rocky. O Adonis, como eu disse, não quer ser o cara playboyzinho que ganha tudo de mão beijada pelo sobrenome, ele quer fazer por merecer. E isso é completamente foda. Isso conversa com o telespectador de um jeito que é inexplicável não sentir o toque que o filme dá. Todo mundo quer correr atrás de alguma coisa, todo mundo quer perseguir os sonhos, realizar suas vontades e dar o seu melhor no que for preciso pra conseguir alcançar seus objetivos.
Essa é uma das lições dos filmes.
Sylvester Stallone este filho de uma puta. Esse cara já me fez chorar várias vezes nos filmes do boxeador. Já me proporcionou euforia extrema com seus filmes de brucutus. Foda. Stallone é um cara incrível.
Ele não é lá um ator versátil, expressivo, e nem um dos melhores. Mas você ver Rocky é um jeito de ver um Stallone diferente do que se conhece. Ele muda, ele É o Rocky. Tudo bem que ele É vários outros personagens, porém com o Rocky é algo diferente. É um negócio que não dá pra explicar tão fácil. Os dois se mesclam, muito do que é visto nos filmes do boxeador é também o que se passa/passou na sua vida pessoal. O 1º e o 6º filme, principalmente fazem um puta paralelo na vida de personagem e ator. Creed faz isso também, não é um puta paralelo com a vida pessoal do Stallone atualmente, mas não é algo a se pensar tanto agora já que o filme não é necessariamente sobre ele.
O Rocky tá velho, ele tem muito o que passar assim como o Stallone tem.


O diretor é excelente, as cenas são muito putaqueparíveis e extremamente bem filmadas. As lutas são incríveis, duas em planos sequência que são de te deixar na ponta da cadeira e, muitas vezes, sem fôlego. E é engraçado ver a fórmula do primeiro filme se repetindo de novo. Personagens vão virando outros, o Rocky tá cada vez mais parecido com o Mickey, e o Adonis ser uma mescla. Algumas vezes parece muito com o Rocky, outras com seu papai. É um trabalho de atuação que é fantástico, construção de personagens e um aproveitamento do mesmo. Cara, puta que pariu.
Eu sempre choro em filmes do Rocky. Acho que é um lance que eu tenho com o Stallone. E, acontece de novo né. Mas o melhor, é que, das pessoas que eu conheço, eu não fui o único a chorar. Pelo menos não tanto.

Creed já é um dos meus filmes favoritos nesse Oscar, infelizmente não tá indicado a quase nada, mas isso eu deixo passar contanto que o Stallone leve o prêmio de Melhor ator coadjuvante.
É merecido demais o cara levar esse prêmio. Como se fosse um “pelo conjunto da obra”. 

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