Dentre todas
as estreias esse ano, Stranger Things já é com certeza uma das mais importantes
(e legais) que temos
Ultimamente estou mais curioso quanto à séries. Vou atrás de
coisas que são aclamadas, de coisas que parecem ser atrativas. Procuro nome de
produtor, diretor, roteirista, showrunner e tal.
O que chama bastante atenção, principalmente no caso das
séries, é o veículo em que será transmitido. Série da HBO é bem condecorada, AMC,
Showtime, e dos streamings: Netflix, Hulu. Esses veículos são muito
atrativos e de fundamental importância para a escola de quem pode desfrutar
desses luxos (e de quem não pode, porque o torrente ta aí né gente).
É justamente na netflix que surgem coisas grandes e que
estão tomando um puta espaço na cultura pop. Várias séries já caíram na graça
do povo, já causam debate em redes
sociais e deixam a galera louca de crack quando estreiam ou têm seu fim de
temporada. A netflix tem seu fator surpresa, que é sempre interessante ver o que
vai sair dali.
Stranger Things é
uma das apostas da netflix esse ano, e de longe uma das coisas mais acertadas
do veículo. Esse ano que já teve House
of Cards, Orange is the new black,
Demolidor. E, felizmente, o que
consegue ganhar seu espaço e conquistar um novo público é uma série nova, feita
por pessoas novas nesse meio, e que concorre com gigantes da própria indústria.
Quando eu soube que a ambientação era nos anos 80 eu já
adicionei a série à lista, e já tava sendo prioridade dentre algumas outras
opções.
Para a minha felicidade, Stranger Things não me decepcionou
nem um pouco, e foi além das minhas expectativas.
Para mim é difícil falar sobre o que vi. Minha experiência
foi magnífica, eu fui conquistado já no primeiro episódio, minha sede e vontade
de descobrir o que estava acontecendo naquela pequena cidade em Indiana foi
grande o suficiente pra me fazer ficar no sofá por horas e horas.
Não saber o conteúdo é essencial para a boa experiência,
para desfrutar tudo que a série tem a oferecer, o que não é pouca coisa.
Inclusive eu tendo a crer que essa regra vale para quase todas as obras
audiovisuais.
Mesmo querendo que você não saiba nada, eu preciso contar
alguma coisa sobre se não esse post não faz sentido.
Stranger Things se passa nos anos 80, mais especificamente
no início da década. Se situa numa cidadezinha em Indiana, e é aquela coisa de
interior. Todo mundo se conhece, todo mundo sabe de tudo sobre a vida de todos.
Durante uma noite, um garoto da cidade some. Simplesmente do
nada.
E daí a trama se desenvolve.
O que deve ser destacado e completamente elogiado é o elenco
escolhido.
No decorrer da série temos 3 núcleos tentando solucionar o
caso do garoto perdido: o infantil, adolescente, e o adulto.
Cada núcleo tem sua particularidade, são as 3 fases da vida em
que se encontram as maiores diferenças do ser humano. O núcleo infantil tem uma
inocência ímpar, com atores incrivelmente talentosos e que conseguem fazer com
que as melhores cenas sejam as suas. Não tem uma das crianças que se destaque
mais que a outra, o tempo de tela é muito bem dividido e puta que pariu, as
cenas são divertidas quando têm que ser, tensas quando têm que ser etc.
O núcleo adolescente é um pouco mais “complicado” e menos
inocente. O senso de urgência e perigo começa a surgir, mas ao mesmo tempo é
aquela coisa bem caricata e típica de adolescente. Tem a garota insegura, o
moleque bonitão popular, o deslocado. É um mar de referências e homenagens
principalmente ao John Hughes nesse
núcleo.
O adulto é realmente o mais sério. Começa a ser mais urgente
e mais intenso. Destaque realmente pra Winona
Ryder, que é o nome mais famoso do elenco e tal. Ela consegue passar o
desespero de uma mãe que “perdeu” o filho.
Mais uma vez, Stranger Things é algo fenomenal que não pode
passar batido. É uma PUTA homenagem aos anos 80, à vários gêneros de filmes,
diretores e alguns clássicos da década. Apenas assista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário