quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Star wars: e o ataque dos clones?

Uma Ameaça fantasma 2.0



O segundo episodio da saga construida por George Lucas tem lá seus meritos mas continua errando em responder perguntas que ninguem fez.
Mas mais que isso, o filme ainda sofre com problemas sérios no roteiro. Incoerências de personagem, má condução da trama e elementos que não agregam em nada para o resto da franquia.
Assim que o filme começa temos a desconstrução da (agora) senadora Amidala. Lembra que ela costumava ter "sósias" que se passavam por ela em eventos políticos importantes? Pra que isso? Pra que ela pudesse ter um olhar um pouco mais distante da situação, analisar melhor e tal. No início do episódio 2 a senadora sofre um atentado que acaba matando a tal sósia e acaba deixando-a com um sentimento de culpa.
Ao ficarem sabendo disso o conselho Jedi designa Obi Wan Anakin para encontrar quem tentou matar a senadora e, ao mesmo tempo, protegê-la de possiveis perigos no futuro. 
Os Jedi são apresentados como crentes na força e isso os ajuda a exercer seu papel na galáxia. Isso me faz pensar que, aparentemente, eles também atuam como conselheiros e diplomatas da galaxia. Até agora, 2 episódios apresentaram os Jedi como básicos guarda costas. 
Em um momento do filme Mestre Windu diz que os Jedi são protetores da paz e não soldados de guerra. Defensores da paz que detém posse da arma mais mortal de toda a galáxia? 


Algo que começa a ser explorado (só) nesse filme é a relação entre Anakin e Obi Wan. Algo que deveria ter começado no filme anterior, e é pessimamente apresentado agora. Em alguns momentos, no decorrer da trama Anakin diz que Obi Wan é um pai pra ele, o que não faz sentido já que o garoto não teve pai. Ele não sabe o que é um pai, o que um pai faz ou algo assim. A palavra a ser usada é mentor, exemplo ou algo semelhante. 
O menino Skywalker é algo bem peculiar neslredecessor um adolescente chiliquento que está com os hormônios a flor da pele. Isso é OK, condiz com a coisa toda. O problema é meter o garoto em um romance ridiculo só por que Luke e Leia precisam de uma mãe.
É legal tambem apresentar conceitos deturpados na mente de Anakin. Um jovem que tem sua importância na história da galáxia flertar com idéias ditatoriais é assustador. 

A trama, mais uma vez, é muito confusa.
A república está tentando decidir se cria ou não um exército para conter o avanço dos separatistas, que querem que a república saia do poder por que, de acordo com Conde Dooku, um grande sith está no comando da república e isso prejudica toda a galáxia.
Conde Dooku é algo bizarro nesse filme. Ele já foi um Jedi, treinado por mestre Yoda e acabou virando o que? Um exilado com sabre vermelho? Eu acreditava que ele era um sith, mas aparentemente o mesmo também acredita que os siths são a praga da galaxia. Vai saber né?


Não sei de muitos pontos positivos que salvam esse filme. Na verdade, acho que os pontos positivos são construídos só na promessa, tirando Ewan McGregor e seu Obi Wan. 
Nem as grandes cenas de ação envolvendo os Jedi. Anakin e Obi Wan vs Dooku é uma cena que me dá vergonha. Uma cena que me fez retirar o que eu sempre disse: as lutas dos prequels são, em sua maioria, boas ou agradáveis.
O ataque dos clones é menos politizado que seu predecessor, porém é mais desinteressante e tão confuso quanto. 
Pelo menos eu entendi o subtítulo dessa vez, e sei que a batalha (sem graça) de Genosis é o ataque dos clones. 
Acredito que o grande problema do filme seja o Anakin. Enquanto na ameaça fantasma ele era só um moleque irritante, aqui chega a ser um pouco preocupante ver que escalaram um ator horrível pra interpretar um dos personagens mais importantes da franquia. Aquele que vai levar o equilíbrio à galáxia, o escolhido, não consegue chorar quando a mãe morre em seus braços.

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