terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Star Wars e um filme decente na trilogia

Conhecido também como: A vingança dos Sith



É verdade, eu até gostei desse filme. Foi o primeiro Star Wars que vi no cinema, mas eu não tinha nenhum vínculo emocional com ele não, nunca tive. Na verdade, depois de ver de verdade os episódios anteriores, eu já tava preparado pra mais uma porcaria. Felizmente eu fui surpreendido com algo satisfatório.

George Lucas foi bem espertinho e tentou arrumar algumas cagadas que ele fez nos anteriores. O tão temido Conde Dooku é descartado num piscar de olhos já no início do filme. Ainda por cima de maneira bruta e, mais uma vez, envolvido em um combatezinho de merda.
Mas dentre as tentativas de tentar consertar o que foi feito, Lucas aprendeu finalmente a fazer uma história simples. Um filme mais simples. Fodam-se os tratados, bloqueios comerciais, ou qualquer politicagem chata que não funcionou antes. Agora o cenário é de guerra e outras atitudes precisam ser tomadas. Claro que a punheta do cara em cima de CGI não para e tudo ainda é genérico e irreal, mas beleza.
Os Jedi continuam uns energumenos feitos de papelão que só servem pra morrer e/ou figurar, mas no geral quem tem que funcionar funciona. Também, terceiro filme da trilogia, se pelo menos uns 3 jedis não funcionassem algo estaria errado.


A trama simples é resultado das outras cagadas anteriores. Anakin completando sua jornada pro lado negro da força era tudo que sobrava (eu acho). E como isso seria feito? O moleque seria tentado pela figura que ele passou a respeitar durante os anos de seu treinamento. "Obi Wan?" não. "Mas ele diz a Obi Wan no segundo filme que o considera um pai", é mas num é ele não.
Chanceler Palpatine.
Eu achei bizarro eles terem uma puta relação de mestre e aprendiz do nada, ainda mais debaixo do nariz de toda aquela porrada de Jedi. Como que deixaram o moleque chegar perto daquele velho bizarro sem falarem nada? 
O jeito que Palpatine vai seduzindo Anakin é o que move o filme, são as confusões do garoto que geram o conflito e a empatia no telespectador. O medo de perder alguém que se ama, a ambição de se tornar mais poderoso e a real descrença são temas que podem ser atrelados por qualquer um. George Lucas mandou muito bem no argumento.
O filme também possui uma excelente cena de abertura. Os primeiros 20 minutos são bons, envolventes, estabelecem o quão madura a dupla principal está e introduz um vilão que, infelizmente, é descartado meia hora depois, mas isso a gente releva.
Como eu disse, é o melhor dos 3 filmes mais novos.


No fim das contas, a melhor coisa da nova trilogia é Ewan McGregor. Algo nele traz um ar de que a coisa está sendo feita de maneira "correta", não sei bem o que é. Infelizmente com todos os furos de roteiro, Obi Wan acaba se perdendo nas próprias falas e atos, mas a interpretação de McGregor é uma coisa que vale a pena ser vista nos filmes. Não salva, mas agrega.
Destaque pra este mesmo filme título do post. 
Durante a sequência de luta final entre Anakin e Obi Wan, ambos Hayden Christensen Ewan McGregor se esforçam muito pra entregarem uma cena comovente e que faça valer a pena a história contada até ali. Quando Obi Wan assume para seu aprendiz que ele falhou em criar o garoto, é algo que deve ser visto como a tentativa de conformação misturada com um pedido de desculpas. Afinal de contas, Anakin era o escolhido, aquele que levaria equilíbrio para a galáxia. O peso que cai em cima de Obi Wan para que ele crie, ensine e eduque o garoto é um fardo imenso e ele falhou. 
Essa cena é com certeza a mais bonita da nova trilogia. 

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