Love?

É sobre aquela história de "opostos se atraem"

Em 2016 Judd Apatow estreou sua parceira com a netflix e nos trouxe uma singela série sobre conflitos pessoais e amorozos. Com 10 episódios curtos de, mais ou menos, 30 minutos Love chegava sem muito alarde e com um potencial meio bizarro.

Pode parecer que é só mais um produtinho daqueles que a gente tá acostumado a ver, e quando a série estreou lembro bem de ver muitos reviews dizendo que o produto era ruim por se tratar de situações muito "irreais". Ao se deparar com a 1° temporada você pode até achar que é só mais uma historinha de amor entre um nerd e uma mulher complicada, mas tanto Gus quanto Mickey conseguem levar a série a outro patamar que não só de viés romântico.

Paul Rust é o Gus que, como disse, é aquele nerd bem estereotipado no início. Professor particular, curte uns filmes, não é nem um pouco atraente e beira a chatisse em vários momentos. 

O trunfo sem dúvida vem de Gillian Jacobs como Mickey, uma mulher ~maluca que não sabe lá o que quer da vida aos 30 anos e ainda age como se tivesse nos seus 20 e pouquinhos. Essa apresentação é muito superficial sobre o que realmente é essa personagem e por que ela é do jeito que é. Mickey tem fantasmas no seu passado e coisas que a deixam confusa e com medo da sociedade em si, e a interpretação que Gillian Jacobs entrega é o que a série tem de melhor já que é o mais sincero que se tem

O que leva a série pra frente são esses dois personagens e o quanto eles vão se conhecendo e reconhecendo. Talvez o nerd não seja tão introvertido assim, e a fodona descolada talvez também tenha lá suas inseguranças contra a vida.

A segunda temporada estreou sexta feira (10) na netflix e mostra muito mais das diferenças e semelhanças do casal. Existe um espelho narrativo entre as duas temporadas onde personagens acabam invertendo situações que, anteriormente, aconteceram com outros. 

Série boa, curta e que não vai tomar muito o seu tempo.